terça-feira, 19 de maio de 2009

Pesquisa no Google Acadêmico: Nefropatia diabética no diabete melito tipo 2

Pesquisa no Google Acadêmico:

A PREVALÊNCIA DO DIABETE melito tipo 2 (DM2) na população adulta brasileira era de 7,6% no início da década de 90, e estima-se que, no ano de 2025, ocorra um aumento de 178% (1,8 vezes) (1). A nefropatia diabética (ND) é uma complicação crônica microvascular freqüente no DM (2). Em pacientes brasileiros com DM2, observou-se uma incidência cumulativa em 10 anos de 31% (3), semelhante à incidência de 34% em finlandeses (4) e de 51% em israelenses (5). Portanto, pelo menos um terço dos indivíduos com DM2 será acometido pela ND.

CURSO CLÍNICO
A ND apresenta-se em três estágios evolutivos: nefropatia incipiente ou fase de microalbuminúria, nefropatia clínica ou fase de macroalbuminúria e insuficiência renal terminal (uremia) (
tabela 1).

Fase de Nefropatia Incipiente
A nefropatia incipiente é caracterizada pela presença de um aumento da excreção urinária de albumina (EUA) em níveis de 20 a 200µg/min, denominada microalbuminúria. Outros valores recomendados pela Associação Americana de Diabetes são de 30 a 300mg em urina de 24hs, ou de 30 a 300mg/g de creatinina em amostra urinária (12). Uma forma prática e simples de se realizar o rastreamento é medir a EUA em uma amostra de urina coletada ao acaso, como, por exemplo, durante a consulta médica. Valores de albumina entre 17mg/l e 174mg/l em amostra casual de urina apresentam sensibilidade de 100% e especificidade de 79,6% para o diagnóstico de microalbuminúria


Fase de Nefropatia Clínica
A nefropatia clínica é definida pela presença de proteinúria persistente superior a 500mg/24h ou pela excreção urinária de albumina superior a 200µg/min (macroalbuminúria) (12). Uma vez instalada a proteinúria, há uma perda progressiva de função renal, de modo que 10% dos pacientes evoluem para insuficiência renal crônica em 10 anos
Fase de Uremia
A progressiva perda de função renal leva à uremia. Os pacientes com DM que iniciam terapia de substituição renal têm alta prevalência de doença cardiovascular e de hipertensão. A sobrevida em 5 anos de pacientes com DM em diálise é de 20% a 40%, e é consideravelmente menor nos pacientes com DM em comparação aos indivíduos não-diabéticos em vários países (9). Dados recentes do Rio Grande do Sul demonstram que, uma vez em hemodiálise, a mortalidade é muito elevada, atingindo 72% no terceiro ano de tratamento (7), e está associada principalmente a alterações cardiovasculares relacionadas à aterosclerose (cardiopatia isquêmica) e à disfunção ventricular (cardiomiopatia).

Fatores de Risco



CONCLUSÃO
A nefropatia diabética é uma complicação crônica freqüente, afetando cerca de um terço dos pacientes. Deve ser pesquisada no DM2 logo que diagnosticado, já que nesses casos a duração prévia do diabete é, em geral, desconhecida. A detecção precoce da ND é importante, porque é possível atuar-se nos fatores de risco modificáveis, intervindo, portanto, favoravelmente no curso da doença (
tabela 2). É necessário investigar a história familiar, já que existe uma agregação familiar da ND.

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